Jovem Coreano Morre após Jornada de Trabalho Exaustiva de 80 horas Semanais

Jovem Coreano Morre após Jornada de Trabalho Exaustiva

Uma tragédia reacendeu o debate sobre as condições de trabalho na Coreia do Sul. Um jovem funcionário de 26 anos faleceu após alegadamente trabalhar cerca de 80 horas por semana na popular rede de cafeterias London Bagel Museum, conhecida por suas longas filas e sucesso nas redes sociais.

Segundo o Partido da Justiça, o funcionário, identificado apenas como “A”, atuava na filial de Incheon e frequentemente ultrapassava o limite legal de 52 horas semanais. Documentos revelam que ele chegou a trabalhar 21 horas seguidas em um único dia e quase sem descanso na semana anterior à sua morte.

A família acusa a empresa de não cooperar com a entrega de registros de jornada e de minimizar o caso. O contrato do jovem incluía mais de 14 horas de horas extras semanais, o que já representa uma violação das leis trabalhistas. Há ainda suspeitas de “contratos divididos”, usados por algumas empresas para evitar benefícios de tempo integral — o que fez com que o funcionário fosse transferido entre quatro filiais em pouco mais de um ano.

Jovem Coreano Morre após Jornada de Trabalho Exaustiva
Jovem Coreano Morre após Jornada de Trabalho Exaustiva

Em nota, o Partido da Justiça afirmou: “O London Bagel Museum não pode fugir à responsabilidade pela morte de um jovem trabalhador. A sobrecarga crônica e aguda pode ter sido determinante para o trágico desfecho.” O partido pediu uma investigação completa por parte do Ministério do Trabalho e o fortalecimento das inspeções para evitar novos casos.

O funcionário foi lembrado por colegas e amigos como um jovem dedicado que sonhava em abrir sua própria padaria. Já a empresa nega as acusações, alegando que ele trabalhava apenas 44 horas semanais e que todos os documentos foram enviados às autoridades. Mesmo assim, o caso segue repercutindo fortemente nas redes, levantando discussões sobre a cultura de exaustão no ambiente de trabalho.

A exaustiva cultura do trabalho na Coreia do Sul

A Coreia do Sul é frequentemente criticada por sua cultura de longas jornadas e alta pressão no ambiente profissional. Apesar de o governo ter limitado a carga semanal a 52 horas, muitos trabalhadores ainda ultrapassam esse número em busca de estabilidade e reconhecimento. Casos como o do funcionário do London Bagel Museum reacendem o debate sobre a necessidade de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, especialmente entre os jovens que enfrentam o mercado competitivo sul-coreano.

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