Os Estados Unidos ampliaram as restrições sobre importações da China, bloqueando alimentos, metais e outros produtos de cerca de 30 empresas chinesas. A medida, anunciada nesta sexta-feira, faz parte de um esforço contínuo do governo para combater o trabalho forçado envolvendo minorias como os uigures.
Produtos Alvo das Novas Restrições
Os produtos proibidos incluem uma ampla gama de itens, desde pasta de tomate e nozes até ouro e minério de ferro. Esses bens foram vinculados a práticas de trabalho forçado, conforme indica o registro federal americano.
As empresas afetadas foram adicionadas à Uyghur Forced Labor Prevention Act Entity List, uma lista de entidades associadas a supostos abusos dos direitos humanos e ao que os EUA descrevem como genocídio em andamento na Região Autônoma de Xinjiang.
Contexto das Acusações e a Resposta da China
As autoridades americanas afirmam que o governo chinês estabeleceu campos de internação para uigures e outras minorias religiosas e étnicas na região ocidental de Xinjiang. Pequim, por outro lado, nega consistentemente essas acusações e classifica as alegações como infundadas.
Desde a implementação da Lei de Prevenção ao Trabalho Forçado de Uigures, em dezembro de 2021, mais de 100 empresas foram incluídas na lista. As últimas adições envolvem principalmente setores agrícolas, além de mineração e processamento de materiais metálicos como cobre, lítio, níquel e ouro.
Impactos na Cadeia de Suprimentos
A decisão afeta diretamente empresas que dependem de insumos chineses, aumentando a pressão para garantir transparência nas cadeias de suprimentos. Robert Silvers, subsecretário de política de Segurança Interna dos EUA, enfatizou:
“Os Estados Unidos não tolerarão trabalho forçado nos produtos que entram em nossos mercados. Instamos as empresas a assumirem responsabilidade, conhecerem suas cadeias de suprimentos e agirem eticamente.”
A medida reforça um movimento global para enfrentar questões éticas relacionadas ao comércio. Países e organizações estão pressionando por maior regulamentação para evitar que práticas abusivas passem despercebidas.
cr: RT